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Projeto cria Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica

O Projeto de Lei 3904/23 institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), com o objetivo de promover a transição agroecológica, a relação comercial de produtos sustentáveis e o desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis.


Para implementação da política, a proposta prevê:


  • a criação de linhas de crédito especiais para a produção de base agroecológica, de base orgânica e para o extrativismo sustentável;

  • o estabelecimento de convênios, contratos, termos de fomento e termos de cooperação com entidades de assistência técnica e extensão rural;

  • a concessão de tratamento tributário, sanitário e ambiental diferenciado e favorecido para produtos, tecnologias e equipamentos apropriados para a produção de base agroecológica e de base orgânica;

  • outras formas de fomento para a atividade.


O texto estabelece os princípios e diretrizes da PNAPO, entre eles:


  • o desenvolvimento rural sustentável;

  • a autogestão da comunidade produtora, com respeito à cultura, às tradições e aos saberes, e estímulo à dinâmica social;

  • a diversificação e a integração das atividades econômicas da propriedade;

  • a qualidade de vida das populações nas cidades e no campo.

De acordo com a proposição, o plano será implementada pela União em regime de articulação e cooperação com os estados, o Distrito Federal e os municípios, organizações populares, movimentos da sociedade civil e entidades privadas.

O projeto prevê ainda as seguintes fontes de financiamento para o PNAPO:

  • recursos do Tesouro Nacional;

  • recursos oriundos de outros entes da Federação;

  • recursos de fundações, empresas públicas e privadas, instituições financeiras, organismos multilaterais e organizações não governamentais.


O autor do projeto, deputado Valmir Assunção (PT-BA), afirma que a utilização de práticas agrícolas que propiciem a manutenção da fertilidade dos solos e o desenvolvimento saudável das plantas é fundamental para alterar o sistema de produção no País, ao invés da monocultura intensiva no uso de transgênicos, fertilizantes químicos, agrotóxicos e promotores de crescimento sintéticos.


“A agricultura é um dos pilares da nossa economia e da nossa identidade como nação. Em razão disso, há que se cuidar para que ela seja desenvolvida de forma sustentável, justa e resiliente. Com a aprovação deste projeto, poderemos garantir uma alimentação mais saudável para a nossa população, um ambiente mais equilibrado e uma maior justiça social no campo”, afirma Assunção.


Tramitação


O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Reportagem – Luiz Gustavo XavierEdição – Ana Chalub

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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