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Mata Atlântica tem crescimento de 66% de desmatamento em um ano

Foi divulgado nesta terça-feira(24), relatório anual do Atlas da Mata Atlântica,feito pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que revela crescimento histórico de desmatamento na Mata Atlântica, o bioma brasileiro está vivendo um momento preocupante de grande devastação, o total de desflorestamento observado foi de 21.642 hectares, o correspondente a mais de 20 mil campos de futebol.


De acordo com Atlas, entre 2020 e 2021 foram desmatados 21.642 hectares (ha) da Mata Atlântica, um crescimento de 66% em relação ao registrado entre 2019 e 2020 (13.053 ha) e 90% maior que entre 2017 e 2018, quando se atingiu o menor valor de desflorestamento da série histórica (11.399 ha). A perda de florestas naturais, área em que caberiam mais de 20 mil campos de futebol, corresponde a 59 hectares por dia ou 2,5 hectares por hora, além de representar a emissão de 10,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.


A alta no desmatamento aconteceu em todo país, de acordo com o diretor de conhecimento da SOS Mata Atlântica e coordenador do Atlas Mata Atlântica, Guedes Pinto, é um grande retrocesso esse momento ambiental que o país está vivendo e responsabiliza uma visão anti ambiental que se espalhou pelo país nos últimos anos,“são praticamente quatro anos de uma cultura de anti floresta, de negacionismo da ciência e de desmonte da política ambiental. E uma expectativa de impunidade, de ataque à legislação ambiental no Congresso e de atos administrativos do governo federal", afirma o especialista”.


Acordo de Paris


A destruição da mata, influencia diretamente nas emissões de gases-estufa, o atlas aponta que o desmatamento registrado na mata atlântica no período 2020-2021 jogou na atmosfera 10,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente (medida que soma os gases de efeito estufa).


O país faz parte do Acordo de Paris, que busca reduzir drasticamente as emissões de gases para conter o aumento da temperatura global. O desmatamento e o agronegócio são os principais responsáveis pelas emissões brasileiras.

Três estados concentram mais de 80% da destruição registrada. Minas Gerais, líder de desmate, levou ao chão 9.209 hectares de floresta. Em segundo lugar, a Bahia derrubou 4.968 hectares. O Paraná fecha a lista com 3.299 hectares derrubados. Todos eles tiveram aumentos de destruição superiores a 50% em relação ao período anterior. Em Minas, o salto chegou a 96%.


Trabalho de restauração da Mata Atlântica


A Fundação SOS Mata Atlântica promove iniciativas que estão entre as que mais contribuem para a restauração do bioma no país, contabilizando cerca de 42 milhões de mudas de árvores nativas plantadas e cerca de 23 mil hectares restaurados em nove estados – uma área equivalente ao território de Recife (PE).


O trabalho de restauração florestal desenvolvido pela SOS Mata Atlântica combina o monitoramento da cobertura de florestas e vegetação natural, produção e plantio de mudas de espécies nativas, estudos e apoio à pesquisa e incidência em políticas públicas. É um trabalho de médio prazo, que só se encerra quando as mudas se transformam em uma floresta jovem com potencial para fornecimento de serviços ecossistêmicos, como a água e regulação climática, e com o retorno da biodiversidade local.



Fonte: SOS Mata Atlântica

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