Gestão pode fortalecer pautas ambientais
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2025-2026. O parlamentar foi eleito neste sábado (1º) em primeiro turno, com 444 votos. Ele concorreu com os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS), que obteve 31 votos, e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que teve 22 votos. Outros 2 votos foram em branco.
Em seu primeiro discurso após ser eleito para o cargo, Motta fez uma defesa da democracia. Ele repetiu o gesto de Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição de levantar o texto sob aplausos do Plenário, e reafirmou “ter nojo da ditadura”.
Segundo Motta, o povo brasileiro não quer discórdia, quer emprego; não quer luta pelo poder, mas que os poderes lutem por ele. O novo presidente afirmou que não há ninguém acima da democracia. “Tenho certeza que o passado é um caminho sem volta, termina na destruição da política, no colapso da democracia, e não podemos correr o risco de experimentar”, afirmou.
“Estaremos sempre com a democracia, pela democracia, com a democracia. E seus inimigos encontraram no Legislativo uma barreira como sempre encontraram na história”, discursou Motta.
Sua trajetória política indica uma proximidade com a bancada ruralista, no entanto, o coordenador da Frente Parlamentar Mista Ambientalista, deputado Nilto Tatto (PT-SP), expressou otimismo em relação à sua gestão, esperando avanços na pauta ambiental devido ao compromisso de Motta em valorizar o trabalho das comissões. "Com a retomada daquilo que era a prática, de valorização das comissões temáticas, se têm a possibilidade de melhor acompanhamento pelo conjunto da sociedade, que está preocupada com o impacto dos eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas”, disse.
Nilto Tatto afirma que, na gestão de Motta, a bancada espera conseguir o fôlego necessário para que a pauta ambiental possa ser devidamente discutida.
Em declarações recentes, Motta mencionou a possibilidade de a Câmara focar em projetos relacionados à transição energética, o que pode indicar uma abertura para pautas ambientais.
Existe a expectativas de que, em sua gestão, as pautas ambientais possam receber atenção, especialmente através do fortalecimento das comissões temáticas.
Reportagem com informações da Câmara dos Deputados