Entre janeiro e junho, bioma perdeu área equivalente à cidade de Cuiabá, oitava maior capital do país, em termos territoriais. Queimadas também cresceram
O desmatamento avança no Cerrado, movido pelo avanço da fronteira agropecuária. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam novo recorde de desmatamento no Cerrado durante o primeiro semestre de 2023. Entre 1º de janeiro e 24 de junho – data da última aferição do INPE – foram gerados alertas para 4.114 km², área equivalente à cidade de Cuiabá, a oitava maior capital do país em termos territoriais.
A cifra é a maior da série histórica do INPE para o bioma, iniciada em 2019.
Desmatamento no Cerrado no 1º Semestre
Números de alertas de desmatamento gerados pelo INPE entre janeiro e junho de cada ano da série histórica para o bioma
Segundo a Sala de Situação, outra ferramenta de dados geográficos do INPE, ao menos nos últimos três meses o desmatamento ficou concentrado nos estados do Maranhão, Bahia e Tocantins, respectivamente.
Queimadas acima da média
Além do desmatamento, o bioma também manteve altos números de focos de calor.
De janeiro a junho de 2023, o número de focos computado pelo INPE foi praticamente igual ao ano anterior: 10.331 focos este ano, contra 10.869 em 2022.
Em quatro desses seis meses, no entanto, o número de focos foi maior que o período anterior e, em todos eles, acima da média para o mês.
Tocantins, Maranhão e Mato Grosso aparecem nos primeiros lugares do ranking de estados com maior número de focos.
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