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Desmatamento cai na Amazônia e sobe no Cerrado, diz Ministério do Meio Ambiente

Os dados do desmatamento do Deter/Inpe foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quarta-feira (7/6)




O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, afirmou que houve queda no desmatamento da Amazônia nos primeiros cinco meses do ano -


O desmatamento na Amazônia Legal caiu 31% nos primeiros cinco meses do ano, de janeiro a maio, em relação a 2022, segundo dados do Deter/Inpe divulgados nesta quarta-feira (7/6). Apenas no mês de maio, a queda foi de 10% na comparação com o mesmo período. Ao todo, foram 812 km² desmatados em maio.


Os dados foram divulgados em coletiva no Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima.

Segundo o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, apesar dos dados do Deter/Inper não serem ideais para a comparação mês a mês do desmatamento, o período de cinco meses já permite um panorama melhor da situação.


"Estamos sendo muito duros para conseguir obter esses números do desmatamento na Amazônia", declarou Agostinho. "Parar esse transatlântico do desmatamento não é fácil, mas a gente acredita que está no caminho certo", acrescentou.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, avalia que a queda no desmatamento na região deve se acelerar após as medidas anunciadas nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra Marina Silva.

"Esse esforço realizado até agora ganha escala e densidade a partir desse momento, o que é muito favorável para que a gente possa ter maior impacto sobre o desmatamento", avaliou o secretário.


No Cerrado, desmatamento cresceu


No Cerrado, porém, o cenário foi o inverso. Em maio, houve um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a maio, o crescimento foi de 35% na mesma comparação. Assim como na Amazônia, a derrubada ilegal de árvores está acumulada em 24 municípios, sendo dez na Bahia, cinco no Maranhão, quatro no Piauí, três em Tocantins, um no Mato Grosso e um no Pará.


Segundo os integrantes do governo, o combate ao desmatamento no bioma é mais complicado do que na Amazônia. "No Cerrado a gente tem muita terra titulada, ou em processo avançado de titulação, e os proprietários acabam conseguindo as autorizações [para desmatar]. Boa parte do desmatamento foi autorizado. Mesmo assim nós estamos fazendo operação no Cerrado e já temos 181 fazendas ou glebas embargadas", explicou Agostinho.

Para tentar reverter a situação, o governo fará um pente-fino nas autorizações de desmatamento concedidas para o Cerrado, para encontrar irregularidades. Para as autorizações dadas de forma legal, o Ministério do Meio Ambiente estuda mecanismos econômicos para fretar o desmatamento, como incentivos por áreas preservadas.


Fonte: correios Braziliense

(crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)

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